Depois de viver algumas experiências na busca por sócios, percebi que, apesar do assunto ser muito importante e de terem várias dicas disponíveis, eu e outros empreendedores não tenhamos dado o valor necessário, já que o conflito entre sócios é um dos principais motivos que fecham negócios, principalmente, para as startups. Diante disto, classifiquei quatro tipos de S.A.s que aprendi a reconhecer:

 

Tipo #1: S.A.1 (Sociedade por Animação)

 

No boom da internet no final dos anos 90, eu e outros profissionais com seus próprios empregos, tentamos montar uma sociedade no tempo vago. Tudo resolvido após uma conversa descontraída de bar e vários encontros. Aprendi que entusiasmo é importante, mas foco e dedicação é essencial.

 

Tipo #2: S.A.2 (Sociedade por Afiliação)

 

Já que ninguém podia sair de seus empregos, então, porque não colocar um negócio com a esposa? Afinal, não se pode confiar mais do que em alguém da própria família, não é mesmo? Contudo, a convivência profissional e familiar torna-se um grande desafio, pois, quem pode afirmar que depois de uma discussão em casa, não haverá aquela alfinetada no trabalho ou vice-e-versa? Aprendi que uma sociedade familiar demanda acordos prévios e uma maturidade emocional que não é fácil de construir.

 

Tipo #3: S.A.3 (Sociedade por Amizade)

 

Querendo quebrar os vínculos familiares convidei um grande amigo de infância onde a confiança pessoal continuava inquestionável, junto com um histórico profissional de grandes conquistas e o desejo de ser donos dos nossos narizes, parecia algo a prova de erros. O fato é que de certa forma éramos muito parecidos, inclusive sobre o desejo de ter algo com a nossa cara. Aprendi que amizade pode ser um grande ativo na sociedade, mas entender as complementariedades e sobre onde se quer chegar é muito mais.

 

Tipo #4: S.A.4 (Sociedade por Aptidão)

 

Partindo desta aprendizagem busquei um novo sócio que conhecia pouco, mas que tinha aptidão e experiência técnica muito complementar, mas rapidamente percebi que a história pessoal e a disputa de ego mostraram que a convivência seria impossível. Aprendi que competência técnica complementar é muito importante, mas saber quem é a pessoa e os valores que estão por trás do sócio é fundamental.

 

E agora, qual tipo de sócio devo escolher?

 

Após estas aprendizagens alguém poderia achar que eu não quero ter mais sócios, mas refletindo sobre este processo, percebi que o desejo de fazer funcionar um negócio pode aumentar o seu risco e gerar uma perda de energia que pode resultar no fim do empreendimento antes mesmo deste dar frutos. Na verdade, estas passagens me deram ainda mais certeza que é importante buscar sócios que sejam focados, entusiasmados, com acordos prévios, maturidade emocional, competências complementares e que sejam pessoas que compartilhem valores comuns.

 

Conhecem alguém assim? Continuo procurando sócios para vários empreendimentos atuais e futuros. Quem se candidata? As oportunidades são muitas!

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