No último evento da Apple sobre o iPad em outubro deste ano, o CEO Tim Cook anunciou orgulhosamente a marca de 1 milhão de apps (e contando…) disponíveis na AppStore em todo o mundo. Desde que a loja virtual de aplicativos foi lançada em 2008, a Apple ansiava por alcançar esse número tão importante e ao longo desses anos se superou de diversas formas em estatísticas relacionadas a AppStore. Em maio desse ano, por exemplo, a empresa comemorou ter alcançado 50 bilhões de downloads na sua loja de apps.

 

 

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Tem aplicativo para [quase] tudo!  Na verdade, em 2009, na época do lançamento do iPhone 3G, a Apple inclusive patenteou a frase “There’s an app for that” (numa tradução livre, seria algo como “Existe um aplicativo que faz isso”) e atualmente essa afirmação traduz a pura realidade. Os aplicativos disponíveis tanto para iOS quanto para Android prometem alcançar todos os perfis de pessoas possíveis a fim de atender a qualquer desejo ou necessidade.

 

No entanto, a grande quantidade de apps já existentes torna a vida dos futuros desenvolvedores de aplicativos muito difícil e fica quase impossível criar algo que seja realmente inovador. Parece que todas as ideias (as boas e as nem tanto assim) já têm dono e, consequentemente, já foram postas em prática.

 

Foi então que a Fueled – empresa sediada em Nova Iorque que atua no ramo de desenvolvimento de aplicativos para iPhone, iPad, Android e PCs  – decidiu fazer uma pesquisa entre seus colaboradores e criou uma lista baseada nas propostas mais bizarras de seus clientes, elencando quais ideias para aplicativos devem ser imediatamente descartadas.

 

Portanto se você tem uma ideia que poderia virar um app e quer desevolvê-lo, ou melhor: quer ter sucesso com ele, não use nenhuma dessas péssimas ideias listadas aqui.

 

Aluguel de vagas de estacionamento

 

Vamos supor que você tenha uma vaga de estacionamento sobrando na sua casa ou no seu prédio numa rua/avenida super movimentada por onde trafegam milhares de motoristas todos os dias. E se houvesse um aplicativo de aluguel temporário de vagas de estacionamento? Através de um cadastro rápido feito por cada usuário indicando uma vaga para alugar, ele mapearia e exibiria as vagas de estacionamento disponíveis. Mas quem em sã consciência iria passar o dia monitorando o aplicativo aguardando por uma notificação do tipo “Alguém está interessado na sua vaga. Aceitar?” E se alguém simplesmente clicasse na vaga e não aparecesse? E se aparecesse e voltasse de madrugada para buscar o carro? E se não voltasse nunca mais? E se voltasse quando você estivesse na rua? E se você se mudar e esquecer de cancelar seu cadastro de vaga disponível no app? Enfim, essa não é mesmo uma boa ideia para um app.

 

 

Tinder para cachorros

 

Nossa colunista Karolina Valença escreveu sobre o Tinder há menos de uma semana e, independentemente das opiniões de quem usa/usou o app, está claro que esse é um aplicativo para seres humanos. Acredite: há quem já quis desenvolver um Tinder para cachorros. O propósito? Que os donos pudessem socializar entre si e organizar MeetUps com  outros donos de cachorros pelas redondezas. Mas pra compartilhar o quê: os novos lançamentos da Pedigree? Imagina um encontro de donos cujos cachorros têm nomes de celebridades. Ah! Por favor, né?

 

Pit-stop pro banheiro

 

Essa foi uma ideia que surgiu de um aplicativo para ser usado na balada e que proporia a possibilidade de você saber o momento em que seus amigos(as) iriam ao banheiro – Ôi?! – ou avisar a eles(as) quando você estivesse indo – Ôi?! de novo. Acredito que a pessoa que teve essa ideia era acometida de uma carência de atenção fora do comum.

 

 

Choqueterapia

 

Não, já não basta a voz da consciência. Já pensaram em criar até um app que dá choque no usuário quando ele age de forma errada. Para que ele pudesse funcionar apropriadamente, deveria existir um segundo dispositivo, como uma pulseira que enviaria corrente elétrica pela pele, cabelo e músculos do usuário. Não foi pra academia hoje? BZZZZ! Estacionou em local proibido? BZZZZ! Esqueceu o aniversário de casamento? BZZZZ!

 

 

Apps de Emojis

 

 

Os Emojis de um celular funcionam da mesma forma que qualquer outro idioma internacional que você configura para o teclado do seu telefone, ou seja, existe apenas um único grupo limitado de caracteres animados criado (pela Apple, à propósito) uma única vez, que é reutilizado pelos diversos outros apps de Emoji e que já está pra lá de saturado. Isso quer dizer que, ou alguém cria mais caracteres do tipo animado, ou sua ideia de um aplicativo usando emojis não será novidade nem aqui nem na China.

 

 

Qualquer app que necessite de uma enorme rede de usuários para dar certo

 

O problema com ideias desse tipo é simples: o possível e quase inevitável baixo número de usuários que haverão nos primeiros meses de lançamento até que muita gente tenha baixado o app e a ideia pegue (se pegar).

 

Apps que pagam suas compras no momento em que você sai da loja

 

Ideias para apps como essas são super mega blaster bem intencionadas, mas acabam sendo meio absurdas, levando em consideração o complexo engajamento tecnológico (talvez ainda nem disponível) que seria necessário para desenvolvê-las. Seria o mesmo que querer desenvolver um aplicativo que, baseado na quantidade de papel que você usa diariamente, calculasse quantas árvores, de qual tipo e tamanho seriam necessárias serem plantadas para recompensar a quantidade de papel que você usou naquele dia. Tem noção?

 

 

Uma “caça ao tesouro” diária

 

Todos os dias o app lançaria uma tarefa que deveria ser executada ou alguma coisa que os usuários deveriam encontrar e, ao concluírem a “missão”, deveriam postar uma foto provando sua façanha. Uhuul, que genial! #sqn

 

 

Ideias de Apps incríveis VS Propostas de orçamento non-sense

 

Volta e meia lê-se sobre uma nova startup sensacional que surgiu e como seus fundadores estão ficando ricos com isso. O problema é que muitas pessoas pensam que esse é um negócio barato, fácil de criar, formatar e estruturar e que pode ser desenvolvido da noite pro dia. O pessoal da Fueled conta que recentemente recebeu uma proposta para criação de uma nova rede social móvel até bastante interessante e que custaria em média US$200 mil para desenvolver. Os supostos fundadores tinham apenas US$1,5 mil para investir. Não paga nem um PS4 aqui no Brasil.

 

E você, já teve alguma ideia para a criação de um app? Qual o pior app que você já baixou?

 

Se você deseja aprender a desenvolver apps, conheça esse curso!

 

Imagem: www.ottawasun.com

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