Esse post até poderia ser sobre os dez mandamentos do rei do mobile ads, mas não é. O objetivo aqui é conhecer vossa majestade dos anúncios em dispositivos móveis, o que está “agregando valor” ao reinado e como está a briga pela sucessão do trono.

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Foto do trono do Rei do Mobile Ads
Foto do trono do Rei do Mobile Ads

Você já deve saber: hoje o Google é o dono da coroa. O líder absoluto na entrega de anúncios nas plataformas digitais (considerando mobile, tablets e PC) já concentra cerca de 6% de toda verba publicitária (on e off) do planeta. E quando olhamos só para mercado de celulares a situação não é muito diferente. As buscas realizadas nos smartphones e os acessos mobile ao YouTube colocam o Google em primeiro lugar com folga.

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Se você acha que o Google detêm a hegemonia no mercado de busca porque sempre vê ele sendo usado no desktop, tente olhar só para o celular. Em 2012, a plataforma foi responsável por 92% das buscas realizadas em aparelhos móveis! E para a alegria do rei, a maior parte  dos investimentos em publicidade mobile está alocada  justamente em mobile search. Veja o quadro abaixo:

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Investimento em mídia mobile nos EUA
Investimento em mídia mobile nos EUA

O Android também “agrega” muito valor a atual posição do Google. Ser o OS mobile mais utilizado do planeta e seu maior concorrente (a Apple) não possuir uma engine de busca própria são fatores que ajudarão a perpetuar a liderança da empresa em mobile search por alguns anos. O que poderia ser feito para atrapalhar um pouco seria inserir o Bing ou o Yahoo como busca padrão do iOS, mas muitos usuários reclamariam.

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Outra fortaleza do rei: a plataforma de vídeo mais acessada do mundo (o YouTube) também é do Google. Mas qual relevância disso para ele ser o Rei do Mobile Ads?  Hoje, 40% de todas as visualizações de vídeos na rede social vem dos celulares. Só nos seis primeiros meses desse ano, o YouTube triplicou a receita com publicidade mobile. E os números continuam subindo.

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Tela do YouTube Mobile. Imagem: Google Play
Tela do YouTube Mobile. Imagem: Google Play

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As fraquezas do Rei Google

O CPC na busca móvel é menor que nos desktops. Isso não só porque ainda existem menos anunciantes, mas o CTR é menor também. O Google acha que com o tempo isso vai mudar: mais anunciantes virão e saberão utilizar melhor a mídia (aumentando o CTR). Veremos!

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A outra aposta do Google, o YouTube, tem o formato de anuncio mais rejeitado de todas plataformas. Você já viu algum usuário que gosta dos anúncios trueview (aquele anúncio que você pode pular com 5 segundos)?

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– Mas você não acabou de dizer que a receita de mobile ads do Youtube triplicou em nos primeiros 6 meses de 2013?

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Sim, triplicou! Mas isso aconteceu basicamente porque o tráfego mobile vem crescendo de forma absurda nessa rede social. Enquanto esse ano o acesso pelo celular já é 40% de todo o site, em 2012 foi de apenas 25% e em 2011 ridículos 6%.

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Os reis da pista querem fazer a social no camarote

Na minha opinião, Facebook e Twitter são atualmente os dois candidatos a sucessão que podem incomodar o reinado mobile do Google nos próximos anos. Tomar a coroa vai ser difícil: como pode ser visto no primeiro quadro desse post, a previsão é que até 2017 o valor investido em mobile search não ultrapasse o que é gasto com mídia display no celular. Porém, acredito que Face e Twitter começarão a aparecer mais perto no retrovisor do Google.

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A publicidade móvel do Facebook é mais fluída e perturba menos o usuário. Os posts patrocinados muitas vezes nem são notados como propaganda. Assim, a receita de anunciantes está crescendo de maneira acelerada (veja o quadro abaixo). A velocidade que Mark está avançando sobre os anunciantes mobile é muito maior que a do Google. Enquanto o Face vai crescer o share de 5% para 15% nesse mercado entre 2012 e 2013, o Google vai aumentar apenas 1% no mesmo período (de 52% para 53%).

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Facebook vem crescendo muito mais rápido no meio mobile.
Facebook vem crescendo muito mais rápido no meio mobile.

Além disso, vai e volta, ressurge o boato de que o Facebook está desenvolvendo seu próprio OS para mobile. Se os rumores se concretizarem, a receita de anúncios de Mark pode crescer ainda mais. O próprio Facebook Home que anunciamos aqui no Digaí foi um passo nesse sentido.

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Correndo (ou voando) por fora vem o Twitter. A grande aposta do passarinho é nos investimentos crescentes de publicidade em Social TV. O foco nesse fenômeno é tão grande que, no recente IPO da rede social, a palavra televisão foi citada 42 vezes! O projeto Amplify (que sincroniza os anúncios da TV com o Twitter) é a grande aposta da rede que tem 75% dos usuários ativos no mobile.

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E você já se curvou ao Rei? Está anunciando no Google para dispositivos móveis? Quais os resultados?!

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