Gente, já se passaram meia-hora! Anda logo!

Vinte minutos! Vocês tem vinte minutos! Quero a perfeição!

Cinco minutos! Hora de empratar! Não dá mais tempo.

Já vou dar regressiva! Já deviam estar empratados!

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1! Para tudo!

 

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Sucesso

 

Aí, Rafael. Começou o Master Chef -avisa minha irmã.

 

Deito no sofá e vejo aquele brasão flamejamente, e, em seguida, os jurados anunciando quais serão os desafios que os competidores terão que enfrentar. Desde fazer linguiça, alimentar o time do palmeiras, fazer um suflê e cozinhar para o Cônsul da França, os cozinheiros ralam para conseguirem os prêmios, além de ter a chance de engrenar, de fato, na gastronomia – tudo isso com dois minutos de mercado.

 

É inegável o sucesso do programa. O formato, que deu certo em diversos países – Estados Unidos, Espanha, Argentina, Canadá e Portugal – está na sua segunda temporada no Brasil e é um dos carros-chefe da emissora Band, atingindo pico de nove pontos no Ibope (cada ponto atinge 183.520 pessoas e 58.235 casas). No Twitter, eles possuem 293 mil seguidores, com média de 100 a 170 curtidas por tweets. No Instagram, a interação é ainda maior, com 25 mil seguidores com média de 300 a 600 curtidas por post, além dos programas serem alvo de memes e coberturas por Fan Pages.

 

 

Eles sabem o que faz… os social media, não os cozinheiros

 

Agora, essa popularidade foi construída com o tempo e com boas estratégias por parte da equipe de comunicação, em decorrência também da personalidade dos jurados casca-grossa, como da apresentadora que responde as perguntas do telespectadores, que incita comentários e discussões. O programa é um ótimo case e dele, podemos extrair boas estratégias de mídia e interação com os fãs.

 

O primeiro ponto e mais simples é a identificação do PÚBLICO-ALVO do programa. Tá certo que pessoas com mais de 40 anos também assistem, mas o público de interação é dos 15 aos 30 anos, por isso, uma linguagem não muito informal nem muito classuda foi incorporada, com uso de gifs de momentos de desconstração dos competidores, além de mosaicos e memes. A cobertura também é simples e direta. Uma frase curta sobre o que aconteceu.

 

 

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DESAFIOS PARA FÃS também são uma ótima ferramenta. Com o costume de desafiar os telespectadores a atingirem a marca de 300 mil tweets no programa, eles conseguem desbloquear vídeos feitos pelos jurados, ensinando dicas e receitas. Esse tipo de estratégia é excelente para aumentar a interação, a marca e o posicionamento do programa, ou, no caso, do seu cliente.Conteúdos secretos, por si só, já despertam a curiosidade e quando provocamos fãs, eles fazem o que for preciso. As PARCERIAS também são uma boa pedida. A Tim e o Ibis Hotel compraram a ideia do Master Chef e postam conteúdo com os eliminados do programa, com entrevistas e pequenos desafios para os que saíram.

 

 

— MasterChef Brasil (@masterchefbr) 2 setembro 2015

 

 

Laços com os fãs

 

As HASHTAGS sobre quem deve ficar, quem é o melhor jurado e quem deve sair são boaspara saber quem são os favoritos e qual  a opinião de quem assiste, levantando torcidas – positivas ou negativas de cada um – sobretudo, após passar a história de cada cozinheiro, a empatia dos fãs só aumenta – ou não, né? No caso de uma cobertura ou de algum anúncio importante, essa estratégia só ajuda na sua mensuração sobre a participação e o que as pessoas acham do seu conteúdo.

 

E o que não pode faltar? DIVULGAÇÃO. A Band soube muito bem deixar em voga o Master Chef, convidando os jurados e eliminados a participarem dos programas da casa, fazendo pontas humorísticas ou de conteúdo jornalístico, relatando as experiências e situações do programa. A assessoria de imprensa é bem elaborada e Paola Carosella, Henrique Fogaça e Erick Jacquin já deram entrevistas para jornais, canais do YouTube e sites. A página da atração também dá umas prévias de como será o próximo programa e as chamadas do Twitter são ótimas.

 

Ah! Eu ia me esquecendo: HUMANIZAÇÃO. Acredito, pelo menos nos meus trabalhos, que essa palavra tem uma força incrível de proximidade com nosso target, nosso público e nossos objetivos. Nada deixa algo com tanta personalidade e empatia quanto a utilização dessa tática. No Master Chef, antes de serem competidores, eles são pessoas, com suas rotinas e estilo de vida. E isso é abordado com simplicidade e assertividade. Até para os jurados, às vezes, sobra espaço. Juntando todos esses quesitos, dá para notar que eles criaram uma forma singular de programa, que tinha cara própria, estilo de abordagem, critérios de qualidade e valorização, criatividade e conhecimento. Logo, com o passar do tempo, eles se tornaram REFERÊNCIA, se tratando de programa culinário. Acredito que é um dos objetivos de qualquer empresa.

 

 

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Lembrando que toda terça, às 22:30h, na Band, tem Master Chef. Não sei vocês, mas sempre que eu assisto, preciso estar com algo comestível na minha mão, nem que seja um prato de arroz puro.

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