Recentemente, o Facebook informou que está se empenhando para conter notícias falsas ou a disseminação de conteúdo sensacionalista. De acordo com a publicação da Folha, vários motivos foram postos para a plataforma se posicionar sobre o assunto, mas especificamente, após a vitória de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, tendo sido acusado de não ser criterioso durante a corrida eleitoral e não ter impedido conteúdo sem embasamento correto ser espalhado, favorecendo o republicano na corrida presidencial.

Em entrevista ao site Wired, Mark Zuckerberg se posiciona sobre nossas ações dentro da mídia social e como ele vê a sua obra atualmente. “Se você continuar dando voz e trabalho às pessoas para criar uma diversidade de ideias, compreensão comum e fortalecer o tecido social, então, a longo prazo, iremos na direção certa, discordar de coisas de curto prazo “. Ele continua, afirmando na proposta de criar comunidades maiores, complexas e cada vez mais próximas. “Quando eu comecei o Facebook, a missão de conectar as pessoas não era uma coisa controversa. A suposição padrão era que o mundo estava se aproximando. Mas nos últimos dois anos, foi realmente muito mais uma pergunta.”, finaliza.

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Talvez, numa interpretação mais resumida, o Facebook tenha o intuito de termos conhecimento, aprendizado e a possibilidade de entrarmos em contato com pessoas, costumes, empresas, novas formas de se relacionar, trabalhar  e assim, progredir e evoluir nossa rotina social. Entretanto, talvez o que os usuários estejam esquecendo, é que a nossa sociedade física, assemelha-se com a virtual, em vários sentidos, e que todas as ações tem reações. A proposta é aproximar com a verdade e não distanciar com mentiras. É preciso verificar hábitos, costumes e formas de como consomem informação e se há a habilidade de checar a veracidade do que leu.

E o que podemos aprender com isso?

Atenção. Sermos mais criteriosos e menos impulsivos. Menos raivosos. Menos mentirosos.

Levando para o nosso lado profissional, empresas, empresários, produtos e serviços podem estar suscetíveis a informações divergentes ou ao aumento de informações com propósitos maléficos. Devemos estar atentos a isso e a motivos que tais informações podem vir a existir.

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Vamos listar alguns:

  • Clientes insatisfeitos, principalmente sem resposta da empresa;
  • Fornecedores insatisfeitos;
  • Empregados insatisfeitos, principalmente envolvendo circunstâncias de tratamento, comportamento, estrutura de trabalho, etc;
  • Boatos espalhados por fontes duvidosas;
  • Ações covardes de concorrentes;
  • Falta de apuração completa da imprensa (Lembra do caso da Escola-Base?)

Existem diversos motivos, mas todos têm crescimento e disseminação devido a um fator: falta de um moderador.

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Quando uma empresa decide montar sua plataforma de contato, seja através de mídias sociais, site, blog ou canal do YouTube, ela está sob a mira de pessoas que querem consumir aquelas informações que estão sendo passadas, e de usuários, movidos por algum motivo, a danificar a imagem – e os lucros – do seu negócio. Agora, o fator que vai amplificar bons resultados e resolver casos ruins é quem vai intermediar essas vozes, ou seja, um analista de mídias sociais.

Será ele que vai aproveitar o boom positivo para melhorar a imagem, criar conteúdo a partir daqueles resultados positivos e aproximar cada vez mais da sua base de clientes e cativar novos. Assim como, entender a raiz do problema,  verificar as motivações das fontes mentirosas, checar os danos e resolver em tempo hábil para que não haja prejuízo para a credibilidade da companhia.

Nós vemos mais esses exemplos durante a campanha eleitoral, principalmente em cidades de pequeno porte, onde as vozes são maiores em espaços curtos, fazendo com que uma mentirinha se transforme em fato confirmado. Mas em todos os locais isso pode acontecer.

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Mas, então, o estrago está feito, e não tem ninguém pra ajudar, sendo que nem você sabe começar. Por exemplo, você vai inaugurar um loja de produtos orgânicos, dedicados ao público vegano, e você viu na time line que alguém está espalhando o boato de que seu depósito está cheio de animais, como ratos e pombos mortos no local. A mentira foi espalhada há dois dias e você não sabe se responde um por um ou tenta achar quem fez isso.

Não, não mesmo. Não faça nenhum dos dois. Se aproveite disso.

Como? Mas como aproveitar de algo que está acabando com o meu trabalho, antes mesmo de começar?

Uma ação de reversão. Se estão falando que seu depósito virou um cemitério de roedores e aves, mostre o outro lado disso. Um vídeo, por exemplo, com um roteiro explicando as motivações de ter uma loja orgânica, como atenderá a comunidade, e aproveitando para mostrar o seu depósito, o processo de escolha de cada alimento e os produtos estão bem conservados e protegidos que nem um rato poderá entrar. Enfim, boatos negativos viram fatos negativos.

Ano passado, tive um exemplo excelente durante as eleições, com um cargo político sendo atingido por ser conhecido por apenas fazer pontes na cidade. Ao invés de rebater da forma clássica, falando que isso era uma mentira, que era competente nas tarefas públicas, ele decidiu fazer um vídeo, mostrando tudo o que fez nos seus anos de mandato em pouco mais de um minuto e no final, soltou a frase: “Ah, e ainda fiz três pontes!”. Ele foi eleito.

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Viu como podemos reverter coisas ruins em boas? Só precisamos de uma boa sinergia entre a comunicação e a empresa, fazendo com o que trabalho seja bem feito, todas as vozes ouvidas e a verdade fique na frente. É sempre bom se prevenir e ter “ferramentas” disponíveis quando algo for anunciado, mostrado ou disseminado para as pessoas, pois assim como na vida social, temos pessoas a todo custo querendo nos derrubar, no campo virtual, temos pessoas escondidas, apenas esperando para ver como podem atacar. Fique de olho.

 

 

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