“O Copy.

 

Como defini-lo?

 

Implica, na sua construção formal básica (sempre em torno de um lance de imaginação), em ritmo impecável, muitos parágrafos, parágrafos arejados, figuras de retórica, humor quando convém, brilho intelectual marcante mas cordial (sem exibicionismo!), encadeamento irresistível de argumentos e sugestões – tudo se afunilando em direção a uma tese muito precisa, pragmática, vendedora!”

 

Esta é a definição de Copy oferecida por Menna Barreto na apresentação da sua coletânea “O Copy Criativo – 177 magníficos textos de propaganda (para ver se você finalmente aprende a redigir um)” (p.XIV).

 

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Capa do livro O Copy Criativo, de Menna Barreto

 

 

SOBRE O AUTOR

 

Roberto Menna Barreto foi empresário, escritor e consultor de negócios. Era um curioso dedicado a compreender todas as faces da criatividade – tema de estudo que lhe rendeu diversos livros, entre eles, o popular Criatividade em Propaganda, utilizado em faculdades de Publicidade por todo o País.

 

Segundo sua biografia publicada pelo Grupo Summus, é dono de métricas invejáveis: conheceu 82 países, conduziu mais de 500 seminários de criatividade e gestão de pessoas e publicou 18 livros até o ano de sua morte, 2015.

 

 

A COLETÂNEA

 

Estes não são “Os 177 melhores copies de todos os tempos”, como bem justifica o autor. “Absolutamente” (p. XIX). Estes são 177 magníficos textos de propaganda, reunidos com o único propósito de exemplificarem 177 copies de qualidade.

 

“Se, depois de ler todos os 177, você não souber definitivamente o que é Copy – abstraindo-se as definições – bem como, daí em diante, não souber redigir Copy – amigo, não insista, você não nasceu para isso, o que não é desdouro algum”. (p.XIX)

 

Os exemplos são de todos os tipos, tamanhos, lugares e anos de publicação. Variam de textos dos classificados do jornal, a cartas e anúncios institucionais de grandes multinacionais. Apesar de que, toda esta informação acessória, que nos ajudaria a identificar a origem dos textos, tenha sido propositadamente omitida pelo autor. “Tudo para ressaltar, pôr em foco, exclusivamente, a qualidade de cada Copy!” (p. XX)

 

 

UM EXEMPLO DE COPY MATADOR!

 

Na linguagem das agências de comunicação, o copy deve ser matador! Mas isso no sentido de possuir um alto poder de convencimento, sua razão de ser e total finalidade – “embora possa estar glorificando uma geringonça inútil, de qualidade inferior, perigosa, atentatória à saúde, anti-ecológica ou cara demais” (pp. XIV, XV), como bem nos adverte o autor, antes de nos apresentar os 177 textos.

 

Utilizemos então um bom exemplo, para agradar ao coração. O seguinte copy foi retirado da coletânea tal e qual o reproduzo abaixo (p. 9). Se a estética não lhe for atraente, caro leitor, o mundo dos copies, como adiantou Menna Barreto, talvez não seja mesmo para você.

 

(Lobos na mata)

“Matadores a sangue frio.

Brutais. Selvagens.

Mas chega de falar de nós.

Nós os temos fuzilado, atirando de helicópteros.

Dilacerado-os com cruéis armadilhas de aço.

Envenenado-os, decapitado-os e vendido suas peles, em busca de ganhos financeiros.

Chegou a hora de ajudá-los.

Sua sobrevivência agora é nossa responsabilidade, uma vez sermos nós que temos, em primeiro lugar, ameaçado sua existência.

Por favor, escreva para Missão: Lobo, Caixa Postal 211, Silver Cliff, CO 81249, ou chame (719) 746-2919.”

Missão: Lobo

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