O que Steve Jobs, Os Vingadores e Star Wars têm em comum? Além de muitos outros exemplos de sucesso e garantia de consumidores ávidos por disputarem o primeiro lugar na fila em qualquer que seja o lançamento relacionado à sua marca…

 

Nessa semana do livro, trago uma obra cujo personagem principal é a estrela do ano. Leia até o final para entender porque 2015 é o ano da Disney e que isso é apenas o começo.

 

 

História Mal Contada

 

As pessoas que ainda veem a Disney como uma simples produtora de desenhos animados sobre contos de fada para crianças estão muito – mas muito – enganadas… Além de ter sido alguém sempre presente não somente na minha infância e adolescência (até hoje), como na de tanta gente, Walt Disney é muito mais do que um punhado de desenhos animados.

 

De acordo com o ranking da Forbes, The Walt Disney Company (conglomerado de mídia e entretenimento que atua em TV; publicidade; filmes; parques temáticos; broadcasting; rádio; portais de internet; entre outros) é a décima primeira marca mais valiosa do mundo.

 

Mas o que, por incrível que pareça, hoje nem todo mundo sabe é que Walt Disney é o nome do homem por trás dessa multinacional que cresce a olhos vistos e continua desenfreada tomando conta de tudo o que pode. Um empreendedor que antes de Steve Jobs, Bill Gates ou Mark Zuckerberg, preparou esse solo fértil para quem quisesse plantar um novo mundo.

 

Mesmo que ainda esteja no rato.

 

Em Walt Disney – O Triunfo da Imaginação Americana o autor Neal Gabler conseguiu a façanha de falar sobre o ser humano de quem o nome é sinônimo de fantasia, assertividade e polêmica. Muita polêmica… Afinal, uma figura tão controversa ora super herói, ora mensageiro de Lúcifer não é a pessoa mais fácil a respeito de quem falar usando tanto de imparcialidade quanto de veracidade. Coisa que o autor faz com habilidade invejável. Um livro que comecei a devorar na livraria e somente sosseguei depois de adquirir (como mostro no vídeo abaixo que fiz para o meu canal no Youtube) e digerir cada nele contida.

 

 

Como mencionado no vídeo, tomar posse do meu próprio livro foi algo muito especial e significativo para mim. Agora não tenho mais um desses, o que é melhor ainda. Mas antes de explicar o porquê isso é tão bom, prepare-se: Senta que lá vem spoiler!

 

 

Era Uma Vez

 

“Elias Disney era um homem severo” – é com essas palavras, e não à toa, que Gabler começa “Fuga”, o primeiro capítulo do livro. Fase marcada pelo grande conflito entre o nosso herói e seu maior antagonista na época. Seu pai.

 

Sem parecer ter o direito de se divertir como queria, o ainda pequeno Walt tinha que trabalhar em serviços duros como vender jornal debaixo da neve e passar mal para ajudar em casa. Enquanto isso, seu pai Elias, mantinha o dinheiro arrecadado longe dele acreditando que estava fazendo o melhor para o garoto que já mostrava ser inconformado com as circunstâncias que lhe eram apresentadas.

 

Contudo, a melhor coisa que seu pai aparentemente fizera em sua juventude (entre muitos empreendimentos fracassados) foi tocar uma pequena fazenda numa cidade em expansão. Ali começara o mundo mágico que jamais sairia de dentro de Walt. Só cresceria. Foi com grande dor que ele, ainda criança, teve que se despedir daquele pedaço de céu na terra devido à má administração do seu pai. Algo do qual ele nunca se recuperaria.

 

Em meio a tentativas frustradas de se engajar no mundo das artes, Walt Disney a brincar com Walt Pfeiffer (amigo e parceiro de atuação) encenava esquetes como as de seu ídolo Charlie Chaplin. E lamentava que sua família não fosse como à do seu xará. Walt também gostava de desenhar. Ele até quis fazer isso profissionalmente, mas não conseguiu nada promissor na área.

 

Com o estouro da Primeira Guerra Mundial, ingressar no exército e ir para França parecia o plano perfeito de fuga para ele com todo o potencial que ele queria mostrar. Mas como ele era jovem demais para conseguir tal coisa, aos dezesseis anos, foi recusado. Mas conseguiu um lugar na Cruz Vermelha, enchendo as ambulâncias com os desenhos que já eram sua marca registrada.

 

Mas uma vez de volta à sua terra natal, o segundo capítulo começa com Walt querendo mergulhar na carreira de cartunista profissional e, consequentemente, abrir um pequeno estúdio com seu irmão Roy Disney. E essa foi a primeira sede do futuro conglomerado multinacional Disney.

 

Seu irmão Roy, foi peça fundamental para que a empresa viesse a ser sustentável, já que o criador vislumbrado nem sequer tinha real noção do dinheiro com qual lidava.

 

Com o tempo, após produzir diversas versões contemporâneas para os contos de fada mais populares, no terceiro capítulo, duas séries deslancham e se mostram bem sucedidas no pequeno estúdio dos Disney. Alice Comedies, foi um formato revolucionário. A partir daí que Disney começou a misturar atores reais com desenhos animados. Mergulhando uma garotinha no universo dos desenhos.

 

 

Logo em seguida, Oswald The Lucky Rabbit, personagem criado para concorrer com o Gato Felix estoura e se mostra um grande sucesso.

 

 

E como quanto mais alto se vai, maior é a queda: os personagens de Disney, assim como sua equipe, são roubados por seu distribuidor. E esse foi outro baque do qual ele não se recuperaria.

 

No quarto capítulo, com a mesma base que usou para fazer Oswald, Walt cria um rato: Mortimer. Porém, ouvindo ao conselho de Lilian (sua então esposa) decide chamá-lo de Mickey. E aí é que a verdadeira revolução começaria. Até então, todos os desenhos animados eram mudos tendo apenas uma música de fundo que não necessariamente interagia com o que acontecia na tela. E com Steam Boat Willie (estrelado por Mickey Mouse) temos o primeiro desenho animado com som da história.

 

 

E depois de Mickey Mouse, nada seria mais o mesmo para Disney, nem para a indústria. Em plena depressão econômica, Walt Disney vendia desenhos e produtos do seu rato de estimação.

 

Como se não bastasse dar voz a seus personagens, no capítulo 5 o mundo de Walt ganha cores.

 

Assim como a tecnologia ainda não estava ao alcance de Disney, ele se colocava ao alcance daquilo que ele queria. E assim, Flowers and Trees da série Silly Symphonies passa a ser o primeiro desenho animado em cores da história.

 

 

E foi da série Silly Symphonies que veio sucesso dos Três Porquinhos.

 

 

Produzir curta metragens já não era o suficiente para Disney. Ele queria fazer o primeiro longa metragem em desenho animado da história. E foi assim que no capítulo seis, Branca de Neve e Os Sete Anões foram concebidos.

 

 

Os nove meses posteriores à estreia de Branca de Neve, de acordo com o autor, podem ter sido os melhores meses da vida adulta de Walt Disney.

 

Branca de Neve foi uma revolução muito além de suas anteriores. Logo, no capítulo sete Disney já tinha Bambi e Pinóquio na agulha.

 

Mas não conseguia se dedicar a eles. Estava totalmente tomado pelo seu novo projeto. Um concerto que só a animação poderia ilustrar. A personificação da música clássica numa representação própria. Um projeto que depois ganhou o nome de Fantasia. E com ele, mais uma revolução.

 

 

Infelizmente, o capítulo oito se chama “Duas Guerras”. E com isso você já deve saber o que vem junto…

 

O estúdio foi tomado assumido pelo governo e tomado por uma aura sombria sob a qual Walt passou a ter que fazer filmes sobre guerra e outros dos quais não tinha nenhum prazer, nem tinha lucro.

 

 

Apesar de o capítulo anterior ter parecido difícil, o nove é bem mais duro…

 

Cansado do pique que vinha levando com as produções de filmes de guerra, e sem o dinheiro que precisava para dar continuidade ao crescimento do seu estúdio, Walt tem que cortar gastos e não sabe mais para onde deve ir.

 

Em meio a pouco dinheiro, greve de funcionários, competidores se aproveitando da vantagem para ganhar mercado, polêmicas como racismo, antissemitismo e anticomunismo brotavam do seu nome.

 

Só que o anticomunismo era assumido. Pois achava que eram comunistas infiltrados os responsáveis pelo que vinha acontecendo em seus empreendimentos.

 

Em meio a tudo isso, tendo que economizar em material, resolver fazer mais um filme com atores reais e inserir desenho animado nele. O resultado foi o também polêmico Song Of the South (A Canção do Sul), sendo censurado posteriormente.

 

 

Quando o estúdio veio a ser tristeza, era na construção de uma linha ferroviária em miniatura nos arredores da sua casa que ele encontrava alívio. E ao longo do caminho dessa linha ferroviária ele foi construindo uma pequena cidade. Sua cidade. Sua terra mágica.

 

E foi assim que, no capítulo dez, o projeto Disneyland nasceu. Ele podia enfim voltar a construir a terra perfeita da qual tanto sentia falta.

 

 

Mas uma terra também não era suficiente. Walt Disney queria um novo mundo. E no décimo primeiro capítulo Disney o projetou. Disney World era o que Disney acreditava ser um mundo ideal. Nele haveria um sistema sustentável no qual os melhores laboratórios de pesquisa e condomínios residenciais seriam elaborados de modo integrado que ia desde a concepção de novas tecnologias ao reaproveitamento do lixo.

 

Um mundo ideal. O mundo Disney.

 

Disney World.

 

 

Infelizmente, Walt não viveu o suficiente para ver a conclusão do Disney World. Mas o nome Disney não foi enterrado com ele, ou melhor, cremado (o que vai de encontro à lenda do seu corpo congelado para a posteridade). Muito pelo contrário, o nome Walt Disney nunca esteve tão vivo.

 

O Ano da Disney

 

Somente no ano de 2015 a Disney tem cinco filmes em lançamento: Tomorrow Land, filme baseado em atração do parque.

 

 

Divertida Mente, pela Pixar.

 

 

Vingadores: A Era de Ultron pela Marvel.

 

 

Homem Formiga, pela Marvel também.

 

 

Star Wars VII: O Despertar da Força, pela LucasFilm.

 

 

  • Entre os Dez Quadrinhos Mais vendidos do século, sete são da Disney.

 

  • Dentre as grandes conquistas recentes da Disney, há também reconquistas.
  • Conseguiu trazer o Homem Aranha de volta para a Marvel (nos cinemas, outro estúdio detém seus direitos para filmes).
  • Também trouxe de volta Oswald The Lucky Rabbit!
  • Após negociação, Oswald volta a ser propriedade da Disney.

 

E lembra o que eu disse sobre ter sido muito bom eu não ter mais um livro do Triunfo da Imaginação Americana? Pois é. Um amigo me pediu o livro emprestado e o emprestei. Mas aconteceu um acidente com o livro. Ele tomou chuva… Meu amigo tentou achar um livro igual, mas não conseguiu. E acabou me comprando um original em Inglês.

 

Conclusão: Eu não tenho mais um livro, agora eu tenho dois!

 

#Disney #OteiunfoDaImaginacaoAmericana #TheTriumphOfTheAmericanImagination #Instagram #DisneyGeek #DisneyManiac

Uma foto publicada por Cleydson Barbosa (@cleydsonbarbosaofficial) em

 

 

Felizes Para Sempre?

 

É muito triste, mas tudo o que eu falei aqui não é praticamente nada que nem no livro. Essa é a maior e mais completa biografia de Walt Disney. Foi através dela que eu pude conhecer melhor e em mais detalhes, de forma imparcial um herói que tanto me inspira.

 

E certamente inspira muitas pessoas sem saber, já que a Pixar, a Marvel, LucasFilm, entre tantos nomes de peso na mídia atual são Disney.

 

Até mesmo Steve Jobs, uma das maiores referências do empreendedor de hoje, já foi o maior acionista individual da Disney!

 

São tantas conexões, tantas ligações que para poder abordar melhor terei que fazê-lo num outro texto. Pois esse aqui já está muito grande.

 

Digaí nos comentários se Walt Disney também já te inspirou ou se há um outro livro que te inspira.

 

E como sempre:

 

Muito sucesso para você!

Posts Relacionados