Pense no seu prato favorito.

Pensou?

É para pensar de verdade!

Mentalize aquele prato que você comeria até mesmo sem fome.

Mentalizou?

Vou confiar, hein?

Se não mentalizar, você vai perder uma experiência muito interessante e parte importante do texto a seguir.

Prosseguindo…

Sinta o cheiro entrando pelas suas narinas e tomando conta dos seus pulmões.

Agora veja uma pequena porção desse prato sendo servido para você. Contemple a fumacinha saindo enquanto você contém a saliva que sua boca começa a produzir.

Em seguida, sirva-se levando até a sua boca e sinta a sua consistência enquanto mastiga, acariciando com suas papilas gustativas.

Agora engula e perceba essa comida deslizando enquanto viaja para o seu estômago trazendo aquela vontade de dar um suspiro soltando bem baixinho um “hummm…” de aprovação.

Aí é que o seu apetite desperta e você fica hávido por mais. Ou seja, a fome apenas aumentou.

E não tem mais.

Não há mais dessa comida para você…

Tudo o que sobrou foi um prato vazio à sua frente e um estômago roncando por mais um pouquinho.

Como você se sentiria?

Provavelmente do mesmo jeito que alguém que apreciou um vídeo seu e ficou na mão. Sem poder consumir mais conteúdo como o que tanto gostou.

E aí?

O que você faz?

 

Linha de Produção

Como você já deve saber, a consistência do seu canal  é um fator extremamente importante para o seu sucesso no YouTube.

Alguns dos maiores YouTubers do Brasil como o Rezende Evil e o Venom Extreme que estão entre os 10 canais com mais inscritos no Brasil (até a data dessa publicação) chegam a lançar cerca de 3 vídeos por dia.

Isso mesmo.

Três vídeos todos os dias!

E tem gente que ainda não leva essa profissão a sério…

Você teria esse mesmo compromisso?

Eu, particularmente, não estou em condições de fazer algo assim hoje. Você está?

A boa notícia é que você não precisa seguir uma linha de produção exacerbada dessa maneira para dar mais consistência ao seu canal. Embora não fosse ruim se você se esforçasse para isso. Mas quanto mais prático for o processo, melhor.

Por isso, você não pode deixar de fazer um planejamento para ter um canal que atenda à sua proposta, dê conta do seu funcionamento e tenha os recursos necessários para não frustrar nem à sua audiência, nem a você como produtor.

Ou seja, você deve ter um canal que se sustente ao longo do tempo.

Um canal sustentável.

 

Passo a Passo

Antes de dar os passos de forma resumida (caso esteja com muita pressa pode ir descendo o texto até chegar lá, mas vai perder o contexto a seguir aplicado a um caso real), vejamos como proceder desde o princípio.

A primeira coisa que você deve fazer é se concentrar no que, exatamente, pretende entregar.

A segunda coisa é em como entregar.

Por exemplo…

Um dos objetivos do meu próprio canal é que ele fosse um meio pelo qual eu pudesse compartilhar aulas e dicas de Inglês. Isso é o quê dessa equação.

Porém, eu queria que essas aulas e dicas fossem passadas da forma mais dinâmica, visual e auditiva possível. Além entregar o máximo de conteúdo no menor tempo. Isso é o como.

O resultado esperado era mais ou menos esse:

 

 

Obrigado!… Obrigado!… Muito obrigado!…

Devo admitir que fiquei muito feliz com o resultado desse vídeo… Especialmente por ter conseguido fazê-lo da maneira como eu o imaginava.

Acontece que o processo não foi assim tão simples quanto parece.

Eu penei muito na terceira coisa que eu deveria fazer: concentrar-me em tudo o que eu precisava para a produção do vídeo.

É nessa parte que você pensa no orçamento necessário, as pessoas envolvidas, o local necessário e na energia pessoal que você precisa dispor.

E embora o vídeo acima tenha sido muito simples, para a sua produção era necessário que houvesse uma boa câmera, iluminação, microfone e algo primordial que daria dinâmica e ilustraria visualmente o conteúdo abordado: edição.

Na verdade, desde que me passou pela cabeça a ideia do meu canal no YouTube, eu queria fazer produções mais ou menos como as do Chico Rezende . Com vídeos curtinhos, nos quais eu pudesse contar uma estória para ilustrar situações e além da dinâmica, eu poderia explorar a minha experiência com teatro com o benefício de não depender de outras pessoas para formar um elenco por cada vídeo.

O resultado desejado era algo mais ou menos assim:

 

https://www.youtube.com/watch?v=sC_MWisZbKE

 

Legal, não é mesmo?

Para ver o nosso artigo completo com as dicas do Chico Rezende para ter um canal de sucesso no YouTube, clique aqui agora.

Um formato de vídeos como os do Chico seriam ideais para os meus propósitos. Mas como nem tudo é perfeito…

O problema é que nesse caso, a edição seria a peça principal para que os vídeos saíssem como eu queria. E na época, além de não ter uma boa ferramenta de edição, eu nem sequer sabia como se fazia um jump cut (corte estratégico que tira pedaços do vídeo para que o mesmo fique com mais dinâmica e menos duração).

Fora que uma boa edição costuma levar ainda muito mais tempo que a própria produção do mesmo vídeo. Sem mencionar o as trocas de roupa, cenário, etc.

Aí tive que partir para a quarta coisa a ser feita, geralmente essa (quarta coisa) vem quando não temos muita sorte na terceira: Adaptação.

Uma vez que eu saiba exatamente o que eu quero entregar, eu poderia usar meios alternativos (mais acessíveis) com relação a como entregar em função dos recursos que estivessem ao meu alcance. Mas nunca… Jamais poderia deixar de entregar o que conteúdo ao qual eu me propunha por não ter todos os recursos em mãos no momento.

Nem você.

Por isso, a quinta coisa que tive que fazer foi “meter a cara”. Ou seja, fazer com o que eu tinha e do jeito que desse.

Para resumir a história do vídeo com números em Inglês, eis abaixo o que eu pude fazer na época:

 

 

Sim… Eu sei… Eu sei que ficou muito tosco, mas foi o que o máximo que consegui fazer em termos de produção. O mais importante é que eu consegui entregar o resultado proposto dispondo apenas de uma lousa (que já tinha na minha sala de aula), canetas para quadro branco (que também já tinham na minha sala de aula) e um celular simples com câmera.

Contei também com a ajuda de Ruan e Tuany (dois professores que trabalham comigo) para manejar o celular que me filmava em cada vídeo com uma tomada como a que você acabou de ver.

E se você estava esperando o passo a passo do modo mais simples e objetivo possível, são eles:

 

Passo1 – Definição

Aqui você define qual é o seu principal objetivo. O que você deseja entregar.

Passo 2 – Método

Aqui você elabora qual será a melhor maneira de fazer a entrega do seu conteúdo.

Passo 3 – Logística

Aqui você avalia tudo o que é necessário para a produção do vídeo em questão.

Passo 4 – Adaptação

Se você não tem tudo o que precisa no Passo 3, dê um jeitinho para que a entrega seja feita com o que você tem ou pode conseguir.

Passo 5 – Faça

Apenas faça.

 

O Que Importa É O Conteúdo

O nordestino Whinderson Nunes está entre os 5 maiores YouTubers do Brasil (até a data de publicação desse texto) e seus vídeos são um excelente exemplo de sustentabilidade para o seu canal.

Aviso: o vídeo abaixo contém palavras de baixo calão.

 

 

Como pode ser constatado no exemplo acima, os vídeos do Whinderson são de uma produção extremamente simples e prática. O único recurso adicional utilizado em seu vídeo, além de se filmar espontaneamente sem pensar em cenário ou figurino, foi o jump cut (aquela técnica dos cortes estatégicos).

O Jump cut pode ser feito com muita facilidade até mesmo pelo próprio YouTube. Mas lembre-se de que mais importante dos que os cortes no seu vídeo, é o seu conteúdo.

Se você estiver disposto a simplesmente falar com a câmera, você pode se preparar para fazer vários vídeos curtos de uma vez e liberá-los ao longo do tempo.

Esse é o esquema que eu uso na produção dos vídeos do Café Com T-udo, série de vídeos de bate papo na qual Ruan, Tuany e eu em uma hora, separamos cerca de 5 blocos de 10 minutos para cada vídeo. O que resulta em vídeos que podem ser publicados de segunda a sexta a feira.

 

 

A intenção é que o clima seja mesmo informal e com o mínimo de edição possível, para que o expectador se sinta como se tivesse puxado uma cadeira e sentado para conversar com a gente.

Se você quiser ver o artigo completo com os 5 passos ninjas para produzir uma semana de conteúdo em 20 minutos, dentro de um passo a passo, clique aqui agora.

E você?

Digaí nos comentários qual é a sua maior dificuldade em criar uma série sustentável e como você acha que poderia dar um jeito de fazê-la com o que está ao seu alcance. É nos comentários também que você pode deixar suas perguntas ou sugestões que teremos o maior prazer em dar continuidade a essa conversa.

E como sempre:

Muito sucesso para você!

 

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