Na segunda-feira passada eu falei, aqui, sobre Usabilidade e a falta que ela faz em grandes projetos de e-commerces, sendo uma das principais razões que faz com que lojas virtuais nem sempre deem certo. Nesse mesmo artigo ensinei algumas dicas sobre como analisar a usabilidade de um e-commerce, dividindo alguns padrões básicos de navegação do usuário em quatro fases principais: visita do usuário, consideração, avaliação e conversão.

 

Mas, em meio à toda possibilidade de debates e questionamentos acerca do assunto, não podemos esquecer que essa é apenas uma introdução para que comecemos a pensar, de verdade, em toda a influência que o tema Usabilidade possui no design dos dias de hoje e em um tema ainda maior: a Usabilidade nos dispositivos móveis.

 

Desde 2011, no mundo todo, são vendidos mais tablets e smartphones que computadores, e essa diferença só cresce a cada ano que passa. Isso quer dizer que o comportamento dos internautas com reação à forma como navegam na internet mudou e, consequentemente, todo o ambiente online. Portanto, a partir de agora, adaptação e evolução são as palavras de ordem para sobrevivência no mundo digital.

 

 

Mobile Web: a revolução

 

Enquanto o conceito de Usabilidade já existe desde a década de 90, mais ou menos junto ao surgimento da própria internet, existem outros termos mais específicos, como o mobile web, que vêm surgindo junto com a evolução da tecnologia e a adaptação dos usuários para com ela.

 

Mobile web se refere, claro, à navegação feita via dispositivos móveis, e existe, também, desde a década de 90. A diferença é que, no início, os dispositivos exibiam apenas informações textuais, para só no início da década de 2000 exibir o que hoje consideramos “páginas de verdade”, graças ao surgimento dos smartphones e, em 2007, dos iPhones.

 

 

Layouts adaptáveis são uma novidade?

 

Mas, apesar de a navegação web através de dispositivos móveis ter surgido, de certa forma, tardiamente, o conceito de layout adaptáveis – hoje conhecidos como Web Design Responsivo – já existe desde 2004, quando o web designer Cameron Adams mostrou ser possível criar um layout que se adaptasse às diferentes dimensões de navegadores.

 

Nessa época o conceito baseava sua construção em CSS2, onde, através de media types – e eram apenas 10 tipos – era possível reconhecer em que dispositivo a página estava sendo exibida para, só então, adaptar seu código para melhor exibição nele. E foi só em 2009, com o surgimento do CSS3 e seus media queries, que houve a possibilidade de ações mais complexas e, consequentemente, possibilitando a compatibilidade com maior número de resoluções, o enfim: Web Design Responsivo.

 

 

Google Mobile-friendy

 

Uma prova de que tudo isso que eu falei acima é realmente importante é que, desde 2014, o Google vinha dando sinais de que priorizaria websites com layout responsivo. Primeiro ele começou somente aplicando o selo “mobile-friendy” na descrição dos resultados de busca, para só em abril desse ano anunciar oficialmente que, a partir de então, esse será um fator que influenciará os resultados das buscas realizadas através de dispositivos móveis.

 

 

E agora? O que devo fazer?

 

Conclusão: se você está interessado em investir em SEO, ter um website com design responsivo é imprescindível. E hoje podemos, seguramente, afirmar que se o seu e-commerce não possui um design responsivo, você vai ficar para trás. E tudo está intimamente ligado ao conceito de Usabilidade do qual tanto falei no artigo anterior: se um website não agrada os usuários por qualquer motivo que seja, ele irá para o próximo sem nem pensar duas vezes. E você haverá de concordar que um site cuja exibição em dispositivos mobile é ruim, definitivamente, não é sinônimo de Usabilidade.

 

Como o design responsivo baseia-se no reposicionamento de elementos da página de acordo com a resolução de cada dispositivo, é essencial que os profissionais de design e de desenvolvimento trabalhem juntos, priorizando a experiência do usuário e tendo em mente que a mudança da posição dos elementos do layout na tela muda também a experiência que o visitante terá em cada uma das visualizações.

 

Planejamento e testes de usabilidade são essenciais, portanto, para tornar o seu website tão amigável em um smartphone quanto é em um desktop. Feito isso, venha compartilhar conosco o resultado!

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