Dias atrás encarei uma situação, no mínimo, curiosa que irei compartilhar neste post. Mas antes disso, vou contextualizar um pouco a situação. Este ano cheguei aos 40 anos e, depois de 23 anos de trabalho, olhei para trás e me senti feliz por ter alcançado grande parte dos meus objetivos pessoais, familiares e profissionais que me deram uma grande liberdade de fazer novas escolhas. Mas também tive a certeza que não será saudável para meu corpo e mente passar mais 20 anos no ritmo acelerado que me mantive até agora.

 

Talvez, isso possa sugerir uma aposentadoria precoce – desejada por muitos e que não é o meu caso – ou algum tipo de acomodação, mas no meu ponto de vista, deve ser algo que acontece com alguns atletas de alto desempenho quando decidem deixar de treinar competitivamente para iniciar novas carreiras como: treinadores, dirigentes, empresários, voluntários ou qualquer outra coisa.

 

Neste sentido, decidi continuar empreendendor, mas agora junto com empreendedores até 15 anos mais jovens, com muita vontade de construir negócios que agreguem valor aos clientes, objetivos pessoais sólidos e muita, muita, muita disposição para trabalhar e pagar o alto preço de viver em um ambiente de incerteza pessoal e profissional.

 

Com isto em mente comecei a buscar este jovem empreendedor e encontrei alguns perfis interessantes:

 

• Inseguro:  acha muito interessante a possibilidade de empreender, mas não é capaz de reduzir R$ 1,00 em sua remuneração em troca de uma participação no negócio;
• Desfocado: está sempre buscando uma forma de dar o grande salto ou criar o grande negócio, faz qualquer tipo de freelancer e não se dedica profundamente a nada;
• Ultra-focado: colocou uma ideia genial na cabeça que vai revolucionar o mundo e não abre espaço para novas possibilidades de empreender;
• Esponja: independente do nível de formação, está disposto a aprender com o ambiente, situações e com os mais experientes, além de demonstrar um alto nível de envolvimento com as tarefas (qualquer que seja), sabe ouvir, questionar, liderar e ser liderado, sem contar com um requisito comum que é trabalhar MUITO até a exaustão;

 

Pois bem, em meio a tantos perfis empreendedores, um jovem olhou para mim e me contou que um “velho” com quem trabalhou deu uma dica de grande valor para a curta carreira dele. Esperei a dica e ele disse: “corra logo e encontre o seu velho”. Achei bem engraçado, pois o mais velho na sala era eu, logo, talvez eu fosse esse candidato a “velho”.

 

Diante disso, me senti no dever de ajudar a esse e outros jovens a encontrar o seu “velho” e recomendo que busquem alguém que:
• Fale de ideias e soluções para problemas reais de algum mercado, de forma apaixonada;
• Seja generalista, mas com profunda especialização no negócio que vai empreender;
• Tenha uma rede de contatos qualificada;
• Seja autoconfiante, mas humilde para aprender e ensinar, pois todo esse processo é uma troca mútua;

• Mesmo com linguagens diferentes, consiga se comunicar com você;

• Tenha disposição para deixar você crescer, mesmo que seja com a saída dele mesmo.

 

Acredito tanto para um lado quanto para o outro é um grande desafio a busca de pessoas que nos ajudem a evoluir e alcançar nossos objetivos, mas para mim tem valido a pena.

 

E você já identificou o seu perfil de jovem empreendedor? Já encontrou o seu “velho”? Sucesso nesta jornada e que valha a pena.

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